11 de março de 2011

Castells: o papel da internet na mobilização social

Revista ARede Online, jan/fev, traz uma entrevista com Manuel Castells publicada recentemente no portal da Universitad Oberta de Catalunya e reproduzida pelo site Outras Palavras. O sociólogo espanhol fala sobre o papel da internet na mobilização social, mais especificamente sobre os últimos movimentos revolucionários nos países do norte da África e Oriente Médio.

Destaco aqui dois trechos e deixo o link para a leitura da íntegra da entrevista.

A internet: condição necessária, mas não suficiente
 
Jordi Rovira – Os movimentos sociais espontâneos na Tunísia e Egito pegaram desprevenidos os analistas políticos. Como sociólogo e estudioso da Comunicação, você foi surpreendido pela ação da sociedade-rede destes países, em sua mobilização?

Manuel Castells – Na verdade não. No meu livro ‘Comunicação e Poder’, dediquei muitas páginas para explicar, a partir de uma base empírica, como a transformação das tecnologias de comunicação cria novas possibilidades para a auto-organização e a automobilização da sociedade, superando as barreiras da censura e repressão impostas pelo Estado. Claro que não depende apenas da tecnologia. A internet é uma condição necessária, mas não suficiente.
 
Os grandes meios de comunicação não têm escolha

Jordi Rovira – A aliança entre meios de comunicação convencional e novas tecnologias é o caminho a seguir no futuro, para enfrentar com êxito os grandes desafios?

Manuel Castells – Os grandes meios de comunicação não têm escolha. Ou aliam-se com a internet e com o jornalismo cidadão, ou irão se marginalizando e tornando-se economicamente insustentáveis. Mas hoje, essa aliança ainda é decisiva para a mudança social. Sem Al Jazeera não teria havido revolução na Tunísia.

 Leia a entrevista na íntegra

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