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30 de março de 2013

Como acontece uma grande reforma educacional?

Edgar Morin 
Em entrevista à Revista Nova Escola, perguntado sobre como acontece uma grande reforma educacional, Edgar Morin* disse: 
"Nenhuma mudança é feita de uma só vez. Não adianta um ministro querer revolucionar a escola se os espíritos não estiverem preparados.  A reforma vai começar por uma minoria que sente necessidade de mudar. É preciso começar por experiências pilotos, em uma sala de aula, uma escola ou uma universidade em que novas técnicas e metodologias sejam utilizadas e onde os saberes necessários para uma educação do futuro componham o currículo. Teríamos, desde o começo da escolarização, temas como a compreensão humana; a época planetária, em que se buscaria entender o nosso tempo, nossos dilemas e nossos desafios; o estudo da condição humana em seus aspectos biológicos, físicos, culturais, sociais e psíquicos. Dessa forma começaríamos a progredir e finalmente a mudar."

Nesse trecho da entrevista, chamou minha atenção, em um primeiro momento e entre outras, uma afirmação: 

"Não adianta um ministro querer revolucionar a escola se os espíritos não estiverem preparados." 

E as questões que imediata e implacavelmente se colocam são: como preparar os espíritos? E os espíritos de quem? 

Sem a intenção de simplificar demais, imagino que  um amplo, contínuo e aprofundado diálogo seria uma boa maneira de se começar. Fundamental também a criação de um espaço aberto e apropriado ao diálogo para que vários atores da sociedade - não apenas da área educativa - pudessem se envolver e buscar construir colaborativamente respostas ao menos a uma pergunta: como deve (ria) ser a educação do século XXI? 

E aqui cabe uma observação: a tarefa de promover o debate de temas ligados a mudanças na qualidade da educação não é pertinente apenas ao estado. A sociedade civil também deve se mobilizar e fazer-se ouvir. Deve exercer sua autonomia para procurar, encontrar e propor soluções. 

Infografia do Encontro
Um exemplo interessante e inovador de estratégia para fomentar esse diálogo e engajar pessoas na reflexão e na ação maior de mudar a escola, é o formato adotado pelo Encontro Internacional de Educação: no lugar de eventos pontuais e desconectados, a realizadora dessa iniciativa, a Fundação Telefônica, optou por promover 18 meses continuados de debate e de intercâmbio, de atividades e oficinas em rede. Os focos são: debater, experimentar, compartilhar. 

Além do diálogo online, que democratiza e amplia a possibilidade de participação, a cada dois meses, o Encontro tem chegado - desde abril de 2012 -  presencialmente a uma cidade distinta. Nesses eventos presenciais - que duram dois dias e contam também com transmissão online - são elaboradas as conclusões da temática proposta no período. 

Durante dois anos, o Encontro visitará até nove cidades iberoamericanas para eventos presenciais que têm a colaboração de grandes especialistas, não só do mundo educativo, mas de diversas áreas do conhecimento. Ao todo, até novembro de 2013, serão abordados nove temas, que conversam entre si, e que alimentarão o diálogo sobre o presente e o futuro da educação. Uma tentativa de se "preparar os espíritos". 
  1. Relações entre educação, sociedade e trabalho
  2. Tecnologia e qualidade educativa
  3. A educação integral na era digital
  4. O que e como ensinar e aprender na sociedade digital
  5. O papel do professor
  6. Como liderar a mudança nos centros educativos
  7. A família: sócio estratégico para a educação
  8. A educação permanente: a educação formal, informal e não formal
  9. Visão e tendências educativas do futuro
Para conhecer melhor a dinâmica proposta, confira o infografia do Encontro.

Nos dias 2 e 3 de abril, a cidade do Rio de Janeiro recebe o evento presencial que marca o encerramento do tema 6 - Como liderar a mudança nos centros educativos. 

Saiba + sobre o evento presencial no Rio 

Veja também: 
Escolas públicas apostam na tecnologia dentro das salas de aula
Vídeo de apresentação do Projeto GENTE

Em tempo: Nos próximos posts, quero retomar algumas outras afirmações que aparecem nesse trecho da entrevista com Edgar Morin.

*Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum (Paris, 8 de Julho 1921), é um antropólogo, sociólogo e filósofo francêsjudeu de origem sefarditaPesquisador emérito do CNRS (Centre National de la Recherche Scientifique). Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia. Autor de mais de trinta livros, entre eles: O método (6 volumes), Introdução ao pensamento complexo, Ciência com consciência e Os sete saberes necessários para a educação do futuro.Durante a Segunda Guerra Mundial, participou da Resistência Francesa.É considerado um dos principais pensadores contemporâneos e um dos principais teóricos da complexidade.Via Wikipédia

25 de outubro de 2011

Tico -
o robô que tem Twitter e FaceBook

@gilgiardelli interagindo com Tico
Este é o robô Tico ... ao vivo e na tela do @gilgiardelli...Nós o encontramos zanzando todo faceiro pelos salões do Encontro Internacional Educarede, em Madri. Construído por duas empresas espanholas - TreeLogic e Adele Robots - Tico figura entre os cinco melhores robôs construídos para o público.

Mas afinal, por que  Tico estava em um evento de educação? Por que além de ajudar pessoas que estão meio perdidas em aeroportos, museus, lojas, supermercados, dando informações pré-cadastradas sobre locais e  produtos...e além de ser um ótimo acompanhante para idosos (Ooops! vou precisar de um) ... Tico também pode ser muito útil na sala de aula: ele lê, resolve problemas matemáticos e ... certamente, desperta o interesse das crianças. 
Bem simpático!
Possui tela com interface touchscreen, câmeras no alto da cabeça que permitem que ele reconheça as pessoas, um sensor para detectar a presença delas ... tem 1,50 e pesa 65kg... utiliza um processador Intel Core Duo 1.6GHz. 
Ah, ele fala...e mandou un saludo para mis alunos!

as des
FaceBook do Tico 
https://www.facebook.com/people/Robo-Tico/1771999232
Twitter do Tico
@tico_robot


26 de setembro de 2011

Quatro projetos brasileiros estão entre os vencedores do Prêmio Internacional EducaRede 2011

O concurso 

O Prêmio Internacional EducaRede 2011, promovido pela Fundação Telefônica, foi aberto a alunos e professores de todo o mundo e teve a finalidade de promover o uso pedagógico das TIC, buscar conscientizar a comunidade educativa sobre o valor potencial destas tecnologias, colocar a seu alcance iniciativas e atividades relacionadas com esses objetivos e reconhecer o esforço do professorado por introduzi-las nos processos de ensino e aprendizagem.

Os brasileiros concorreram com cerca de 4 mil trabalhos inscritos no prêmio e ficaram entre os 194 finalistas nas diversas categorias. A premiação ocorrerá em Madri, por ocasião da realização do VI Encontro Internacional EducaRede, entre 20 e 22 de outubro. Os vencedores terão todas as despesas de viagem pagas.

Os projetos vencedores 

  • Na modalidade “Docentes e Alunos de 15 a 17 anos”, o projeto Construindo a Identidade com Igualdade num Clic, das professoras Mirian Zimmer Soares e Eloisa Silva Moura com alunos da escola estadual Firmino Acauan, de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, conquistou o segundo lugar. Os estudantes brasileiros mantêm troca cultural com alunos da Nigéria, utilizando a Internet como ferramenta de contato. O objetivo é conhecer as origens da formação da população brasileira. 



  • O projeto Meninos e Meninas Bilíngües: O Caminho para a Inclusão, da Escola de Educação Básica Lauro Müller, de Florianópolis, foi o vencedor da modalidade “Trabalhos Orientados a alunos com necessidades educativas especiais”. O projeto ensina Libras (Língua Brasileira de Sinais) e envolve professores, funcionários e todos os alunos das séries iniciais, com o objetivo de inserir estudantes com deficiência auditiva na escola. A ferramenta utilizada é o blog “Vejo Vozes”, por meio do qual alunos do 6º, 7º e 8º ano ensinam Libras para os estudantes do 1º ao 5º ano. 


  •  
Na modalidade “Tecnologia móvel/celular”, o documentário Corre, que a chuva vem aí, de autoria dos alunos do 3º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Vereador Antônio de Ré, em Guarulhos, conseguiu a terceira colocação. Produzido por meio do celular, o vídeo teve origem a partir de um projeto pedagógico de cunho socioambiental, orientado pelas professoras Mercedes Puga Las Casas e Grace de Castro Gonçalves, com a proposta de investigar os problemas urbanos do bairro onde se localiza a escola. O vídeo aborda a questão das enchentes na região, provocadas por má destinação do lixo.


  •  Intercâmbio Virtual de Culturas é o título do projeto que obteve a primeira colocação na modalidade “Trabalhos colaborativos realizados entre professores e alunos de diferentes escolas dentro de um mesmo país”. De autoria das professoras Lenira Buscato e Marlene Pissolito e coordenado por Cristiana Assumpção, do Colégio Bandeirantes, em São Paulo, o trabalho envolve alunos de diferentes escolas brasileiras, por meio de blog, em que são compartilhadas fotos, vídeos e textos. Temas como Diversidade, Cidadania Global, Interdependência e Sustentabilidade são discutidos e analisados de forma interdisciplinar, promovendo o intercâmbio. 

Parabéns a todos os educadores que participaram do Prêmio Internacional EducaRede 2011 - participantes, finalistas, ganhadores.