26 de janeiro de 2011

Obama e a Educação

Ontem, em seu discurso do Estado da União, o presidente Barack Obama focou a situação da educação, da tecnologia e da ciência em seu país de uma maneira surpreendente.
Convocou - sim, o tom foi esse - americanos a seguirem a carreira do magistério. Os EUA estão precisando de professores ... de bons professores, enfatizou.

Aos pais, pediu que vissem menos televisão e que acompanhassem mais de perto a vida escolar de seus filhos. Sugeriu que comemorassem os resultados das crianças nas feiras de ciências da mesma forma que comemoram nos esportes.

Criticou a Internet americana e o fato de estarem atrás da Coréia do Sul nos quesitos: tecnologia da informação, banda larga, acesso, custo, empreendedorismo.

Não sou adepta da fórmula antiga e simplista de que o que serve pra eles serve para nós, mas neste caso serve...e muito. O discurso poderia ter sido feito aqui. Com uma pequena ressalva: seria muito mais melancólico do que foi, uma vez que ano passado perdemos 12 posições no ranking de educação: passamos do 76º para o 88º lugar entre 128 países.

Bem, a despeito de um tom, em alguns momentos, um pouco ufanista demais pro meu gosto, o discurso valeu pelo exemplo: colocar a Educação, a Ciência e a Tecnologia no centro das preocupações do Estado.  Abordar as questões de forma clara e objetiva, com senso crítico.

Ah... e já que falamos da Coréia - da qual estamos muito distantes no ranking da educação - vale lembrar que  a diferença entre o que cada um dos dois países (Brasil e Coréia)  investe em educação não é tão grande: 6,8% do PIB na Coréia do Sul e 5,2% no Brasil. 

Fica claro que a questão é menos econômica que de gestão. 
Mas isso já é assunto para um outro post.


Veja também o infográfico abaixo que mostra quanto o mundo gasta em educação.

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Sônia