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Apesar de, à primeira vista, parecer meio pitoresca, a mais ou menos recente invenção da tal língua não deveria ter causado surpresa, pois é fato que, ao longo dos tempos, fomos retirando o próprio corpo do “fazer” e criando ferramentas que ampliam algumas de nossas funções, físicas ou mentais (bater, pegar, caminhar, voar, calcular); fomos instrumentalizando nossas atividades. Também não podemos simplificar demais a questão, pois, mais que uma extensão do corpo, uma ferramenta é a virtualização de uma ação. O martelo pode dar a ilusão de prolongamento do braço, a roda, evidentemente, não é o prolongamento das pernas, mas sim a virtualização do andar. O intrigante é que, via de regra, logo após a invenção, estabelecemos com a tecnologia uma disputa pela hegemonia do saber-fazer; vivemos um período de conflito, de resistência à incorporação dessa tecnologia ao nosso dia-a-dia. A história está repleta dessas resistências. O que não deixa de ser uma ironia, porque uma das vantagens do homo sapiens diante das outras espécies é sua capacidade de desenvolver dispositivos tecnológicos. Além disso, é evidente que criamos tecnologia para melhorar a qualidade da nossa vida. O que você pensa sobre? Isso se aplica à Internet e à educação?
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Sônia