Ilustração: Alessandra Kalko Publicada originalmente em http://ow.ly/cgywE |
Literatura de alta velocidade?
Pois é, Drummond já antecipava: "Escrever é cortar palavras".
João Cabral, na mesma linha:"Enxugar até a morte".
Hemingway: "Corte todo o resto e fique no essencial".
Seguindo à risca a lição dos mestres, chegamos aos microcontos: "miniaturas literárias" que cabem em panfletos, filipetas, camisetas, adesivos, postes, muros, tatuagens, cartão postal, hologramas, desenhos animados , arquitetura, instalação, música ... e que podem ser lidas no ônibus, no metrô e ... nas telas digitais.
(Cá entre nós, um prato cheio para propostas atrativas de ensino de literatura e integração de novas tecnologias.)
O mais conhecido microconto do mundo é
"Quando acordou, o dinossauro ainda estava lá.",
de Augusto Monterroso, com 37 letrinhas. No Brasil, Dalton Trevisan, autor de "Arara bêbada", "Capitu sou eu" e "Pico na veia" é o representante maior dessa literatura.
Para saber mais:
Midiologia subliminar:a literatura de alta velocidade brasileira no século XXI
Reator
NOTA
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Post publicado originalmente em 27/04/05
Revisado e republicado porque a temática continua muito atual, principalmente por causa das novas ferramentas de microblogs. Vale a pena retomar a conversa!
Oi, Sônia, seu blog é muito legal!! Vou tentar visitar e participar das discussões, pois são temas que me interessam muito. Para começar, quero lembrar dos microcontos do escritor argentino Julio Cortazar, como os do livro "Histórias de Cronópios e de famas". Vale conferir no site www.juliocortazar.com.ar
ResponderExcluirSeja bem-vinda Adriana.
ResponderExcluirNão conhecia este seu lado poeta...
Vamos discutir sim...tô indo lá ver o site do Cortázar.
Beijos, Sônia
Minha primeira reação ao ouvir falar em microcontos (que prefiro chamar de nanocontos) foi a pior possível, afinal, francamente! Este nanoconto do dinossauro não me disse nada! E continua não dizendo nada! ;)
ResponderExcluirCheguei a escrever algumas considerações e uma dúzia de nanocontos: http://www.roney.com.br/content/view/199/36/
Estou procurando alguém que me faça mudar de idéia e ver algum valor nesta forma de expressão. Vou ler o artigo que vc indica, quem sabe?
A propósito o seu blog é bem interessante!
Eu escrevi um miniconto que está publicado.
ResponderExcluirAlívio
Ana acordou num sobressalto de madrugada. Ainda meio adormecida, custou a entender, em meio a vozes alteradas e choros: "Pedro morreu". Escorregou devagar para baixo das cobertas. Imóvel, respiração presa, temia ouvir que tinha sido engano. Era bom demais para ser verdade.
O escritor gaúcho, Marcelo Spalding , meu amigo, é um mestre no assunto. Vale ler sua dissertação! Ali ele aborda todos esses conceitos e muito mais. http://www.artistasgauchos.com.br/marcelospalding/arquivos/dissertacao.pdf
www.marcelospalding.com.br
Ele é 10!
Gostei e voltarei muitas outras vezes...
ResponderExcluirAproveito para te convidar www.cidadejatai.blogspot.com