Mostrando postagens com marcador nova tecnologia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador nova tecnologia. Mostrar todas as postagens

10 de maio de 2012

Um presente de dia das mães inesquecível!

Volta e meia, as pessoas me perguntam como eu, depois de mais de 25 anos de magistério (isso em 96), me interessei pelas novas tecnologias da informação e comunicação. Ou melhor, como me aventurei a incorporá-las ao meu dia-a-dia como educadora. 

Em 2002, escrevi um texto contando como foi esse meu start ...ou quando e como me deu o "estalo",  como dizia Vieira.  Como a pergunta é recorrente, o reproduzo aqui. Espero que gostem!


Um presente de Dia das Mães inesquecível
Em 1996, meu presente de Dia das Mães foi um "fax modem" para meu bom e velho computador. Até então, só conhecia Internet de "ouvir falar". Mas tinha muita curiosidade. Então, meus filhos, 17, 20 e 22 anos na época, tiveram a grande idéia: "vamos conectar" a mamãe!
A instalação do modem foi um parto...com dor ...um trabalho demorado...durou uma segunda-feira inteira! A primeira conexão, um evento...inesquecível! As primeiras incursões, uma aventura emocionante...demais!

Passados os primeiros momentos de inocente deslumbramento por estar conectada e poder me comunicar online com outras pessoas, o olhar pedagógico entrou rapidamente em ação e uma pergunta começou a me atormentar: como incorporar essa novidade à minha prática já sedimentada numa experiência de 25 anos?
 

Naquela semana, a questão se transformou num desafio: passar de uma usuária comum e primária do computador a uma profissional de ensino que fizesse uso educativo da Internet, de uma maneira positiva e crítica. Para isso, era necessária uma visão bem fundamentada dos procedimentos pedagógicos que favorecessem a assimilação e multiplicação dos efeitos e das ações de um recurso como a Internet no processo ensino-aprendizagem. Essa visão eu não tinha e nem sabia bem como e onde buscá-la.
 

Nessa época, 96, 97, assisti a acalorados debates sobre o uso da Internet na Educação. As opiniões divergiam em vários aspectos. P
Porém, uma idéia predominava: Internet é uma ferramenta. Só isso. 
Ou tudo isso, como argumentavam seus mais ardorosos defensores.


Percebi, então, que para nós, educadores, surgia uma nova ferramenta de ensino com características que precisavam ser conhecidas, analisadas e exploradas com propriedade e exaustivamente. Essa foi minha tarefa durante esses dois anos.
Como a escola em que trabalhava -uma escola pública municipal da região do ABC paulista  já contava com dois laboratórios de informática, com 40 computadores ligados à Internet, a possibilidade de usá-los para desenvolver aulas de Língua Portuguesa ficou muito mais viável.

 O Lousa em 200
Assim, em 98, com a ajuda de colegas, coloquei no ar um site pessoal com conteúdo próprio para trabalhar com meus alunos do Ensino Médio. Porém, apenas uma boa infra-estrutura física não é suficiente para garantir, de imediato, a aceitação e o sucesso de projetos que tenham novas tecnologias como suporte. Antigas e consistentes convicções ficam fragilizadas, hierarquias há muito internalizadas são subvertidas, a rotina tradicional da unidade escolar é consideravelmente alterada, novos e complexos padrões se impõem com força e velocidade assustadoras.


Como professora de Língua Portuguesa, coordenadora de área e, posteriormente, coordenadora de projetos, pude, durante esses anos, dividir com meus colegas das diversas áreas, muitas dúvidas e poucas certezas, crenças e descrenças, grandes frustrações e pequenas alegrias, receios, inseguranças, anseios, desejos, revoltas e resignações quanto à
possibilidade/necessidade/urgência/inexorabilidade de mudanças e inovações nas formas de desenvolver nossa atividade docente, principalmente no que diz respeito à incorporação de novas tecnologias a um processo já tão complexo por natureza.
Após passar por diferentes etapas de diferentes aprendizados e adquirir mais habilidades para "mexer com computador", consegui reunir condições mínimas para associar os recursos que a máquina oferece aos objetivos de uma atividade docente que os novos tempos impõem. 


Isso não significa muito, nem o final da tarefa, pois, com a velocidade do avanço tecnológico e a mudança da sociedade, essas condições têm que ser revistas quase que a cada dia.
A mudança de paradigma é complexa e envolve questões de toda ordem: tecnológica, trabalhista, ideológica, cultural, psicológica, entre outras nada menos difíceis. 


Mas é inevitável, uma vez que "A mais nova das linguagens, a informática, faz parte do cotidiano e do mundo do trabalho. Vive-se o mundo da parabólica, dos sistemas digitais, dos satélites, da telecomunicação. Conviver com todas as possibilidades que a tecnologia oferece é mais que uma necessidade, é um direito social." (Parâmetros Curriculares Nacionais - Ensino Médio - 1999).

Texto originalmente publicado em 03/07/2002 em Ensinar com Internet

12 de julho de 2011

Mas o que é essa inovação? Como se faz?

Todo educador, hoje, recebe pressão para inovar sua prática, de modo a ficar em dia com a cultura digital, cultura em que seu aluno já nasceu inserido.
Mas o que é essa inovação? Como se faz?
Trata-se apenas de incorporar as novas tecnologias à velha escola?
Ou pressupõe algo a mais? O quê?
Minha sugestão é que todo educador se dedique, urgentemente, ao debate sobre questões como:
    * Inovação tecnológica e currículo escolar
    * Redes socias na escola
    * Twitter e celular em atividades pedagógicas
    * Games
    * TV, nossa velha conhecida
Dica 1: 
  • não fique sozinho nessa reflexão!  Agrupe-se!
Dica 2:
  • para participar desta e de outras discussões afins,  inscreva-se no Grupo de Estudos online Educar na Cultura Digital, um espaço virtual, aberto e gratuito, criado para apoiar educadores interessados em trocar experiências e debater com colegas de todo o Brasil sobre os desafios que as inovações tecnológicas da atualidade trazem para o cotidiano de ensino e aprendizagem na escola.

11 de julho de 2011

Nota de nascimento: nasce o blog "Educação Líquida"

Sempre é bom conhecer novas publicações na área de educação.

Esta me chamou mais a atenção pela maneira como foi anunciada: o autor, , diz: Adiós al blog "Ordenadores en el Aula" Nace "educación líquida". Adeus ao blog "Computadores em aula". Nasce o "educação líquida".

E segue, justificando essa mudança...esse "adeus" ao equipamento, no caso o computador, como centro dos processos educativo-culturais ...

Os objetos sólidos do passado estão desaparecendo e está emergindo um novo ecossistema cultural líquido, onde o ensino e a aprendizagem devem ter outras formas, funções e natureza. O objetivo não é mais a incorporação de TIC aos velhos modelos da educação para se ter  inovação. Já não basta simplesmente incorporar os computadores e as TIC na sala de aula. Agora, o objetivo deve ser muito mais provocativo e radical: é mudar a direção, organização e prática da educação, fundir o formal e informal,o individual e o social, o empírico e o virtual, o sólido com o líquido.

Desejo sucesso ao blog que nasce tão bem fundamentado!
Seguiremos!

+ sobre o assunto

Desafios da Educação na Modernidade Líquida


é Catedrático de Tecnología Educativa da Universidad de La Laguna (Espanha)

6 de abril de 2011

Grupo de Estudos:
uma modalidade de colaboração online

No post É uma rede? É um grupo? Não: é um ... falei sobre as características de rede, grupo e coletivo.

Neste, falo um pouco mais sobre grupo: uma atividade fundamentada em projeto colaborativo, com um alto grau de comprometimento entre os participantes, com grande expectativa de ajuda mútua, e em que a comunicação pode se dar de um para um, um para alguns, alguns para muitos e alguns para alguns.

Um dos tipos de grupos é o grupo de estudos: modelo de aprendizagem colaborativa que, via de regra, busca inovação, pois o que está em jogo, a motivação, é a vontade dos participantes de entender melhor e explorar um determinado assunto, independentemente do quanto já saibam sobre ele, ou do quanto ele já esteja contemplado em seu cotidiano pessoal e ou profissional.

 Na prática
Para exemplificar como essa dinâmica se dá na prática, cito o Grupo de Estudos Educar na Cultura Digital: um grupo que reúne pessoas interessadas em trocar experiências sobre os desafios que as inovações tecnológicas da atualidade trazem para o cotidiano de ensino e de aprendizagem na escola.

Este grupo oferece um ambiente online de formação interativo, que valoriza a colaboração entre os participantes e disponibiliza materiais de apoio e fontes de pesquisa.

A proposta inclui bastante atividade prática, porém sem exigência de carga horária, cada participante acessa quando quiser e escolhe a temática que vai estudar.

O Grupo de Estudos “Educar na Cultura Digital”, criado em agosto de 2010 pelas Fundações Telefônica, Santillana e OEI – Organização dos Estados Iberoamericanos, é aberto ao público em geral e é gratuito.


Para saber mais sobre o Grupo de Estudos Educar na Cultura Digital,  clique aqui.

26 de janeiro de 2009

Especialistas do Programa EducaRede na Campus Party

Mila Gonçalves e Sônia Bertocchi participaram de mesas de discussão na Campus Party 2009. Os temas foram Avaliação e Indicadores do uso das Tecnologias na Educação e O uso das Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação. Confira!

16 de janeiro de 2009

Participação na Campus Party 2009

Inclusão Digital - Mesa de discussão - Educação, interatividade, redes de aprendizagem e EAD Como as novas tecnologias podem auxiliar na educação formal e informal? Experiências de Ensino a Distância para a criação de redes de aprendizagem.
Debatedores:
Sônia Bertocchi (EducaRede)
Prof. Cristina Moreira (Projeto Casa Brasil e UNB)
Marcelo Marques (4Linux/Hacker teen)
Local: Auditório 2 de Inclusão Digital
Quarta-feira, 21 de janeiro, 14h-16h

30 de novembro de 2008

Cyber-bullying - Reflexão sobre o caso Megan Meier

Leia aqui uma reflexão sobre Lori Drew, bullying e soluções que podem ajudar os jovens. O ponto de partida é o suicídio de Megan Meier, uma adolescente de 13 anos, do Missouri, USA. O suicídio foi atribuído ao cyber-bullying e há um foco na tecnologia a ser dicutido.

Fonte: apophenia :: making connections where none previously existed

12 de novembro de 2007

Moran: "Precisamos aprender o que conservar e o que mudar"

O professor aposentado pela Escola de Comunicações e Artes da USP, e diretor da Faculdade Sumaré, José Manuel Moran, conversou com os internautas do Portal EducaRede na última terça-feira (06/11). A sala de chat ficou cheia neste animado bate-papo que abordou diversos assuntos, principalmente ligados à tecnologia, área em que Moran pesquisa. A capacitação e motivação dos professores para lidarem com as inovações tecnológicas, o Ensino a Distância, a mediação e o uso dos blogs como ferramenta pedagógica estão entre os temas. Confira trechos do encontro virtual.

23 de outubro de 2007

@luno @juda @luno

Quando iniciamos o uso da Internet como recurso pedagógico, uma das primeiras dificuldades que encontramos é a diferença no grau de habilidade dos alunos para essa tecnologia. Apesar de estarem na mesma faixa etária, freqüentarem a mesma escola, pertencerem a uma mesma comunidade e terem as mesmas condições de acesso, estão em tempos diferentes no que se refere ao domínio dessa nova tecnologia. Leia este texto na íntegra.

Afinal, o que é tecnologia?

Uma aplicação da ciência: caneta, carro, TV, casa, vestuário, mamógrafo, computador, Internet etc. Outra definição: ferramenta para estender nossas habilidades. TV estende nossa visão: podemos ver coisas que acontecem a distância. A língua eletrônica, por exemplo, é mais sensível que a humana. Enquanto o homem pode detectar quantidade acima de 685 mg de açúcar ou 117 mg de sal em um copo de 200 ml de água, a língua eletrônica consegue distinguir estes paladares em concentrações mais baixas: 34,2 mg de açúcar ou 5,85 mg de sal. Habilidade estendida.
Apesar de, à primeira vista, parecer meio pitoresca, a mais ou menos recente invenção da tal língua não deveria ter causado surpresa, pois é fato que, ao longo dos tempos, fomos retirando o próprio corpo do “fazer” e criando ferramentas que ampliam algumas de nossas funções, físicas ou mentais (bater, pegar, caminhar, voar, calcular); fomos instrumentalizando nossas atividades. Também não podemos simplificar demais a questão, pois, mais que uma extensão do corpo, uma ferramenta é a virtualização de uma ação. O martelo pode dar a ilusão de prolongamento do braço, a roda, evidentemente, não é o prolongamento das pernas, mas sim a virtualização do andar. O intrigante é que, via de regra, logo após a invenção, estabelecemos com a tecnologia uma disputa pela hegemonia do saber-fazer; vivemos um período de conflito, de resistência à incorporação dessa tecnologia ao nosso dia-a-dia. A história está repleta dessas resistências. O que não deixa de ser uma ironia, porque uma das vantagens do homo sapiens diante das outras espécies é sua capacidade de desenvolver dispositivos tecnológicos. Além disso, é evidente que criamos tecnologia para melhorar a qualidade da nossa vida. O que você pensa sobre? Isso se aplica à Internet e à educação?

18 de março de 2007

Tecnologia chamada livro


A experiência com a implantação de uma nova tecnologia, o computador, e as conseqüências para os usuários noviços foram inspirações desse filme sensacional. A situação nele representada é a que, por analogia com o computador, teria acontecido quando, na Idade Média, se introduziu uma nova tecnologia chamada livro. É um filme sensacional que não se pode perder. Essa versão foi legendada em português por Lorena Tárcia, que foi minha orientanda no Mestrado em Educação da PUC Minas. Texto de Simão Pedro na apresentação do vídeo no YouTube.